A deputada Dani Portela participou de atividades em alusão a data
Esse último dia 31 de março marcou os 60 anos do golpe militar de 1964. A deputada Dani Portela participou de atividades em alusão a data nessa segunda-feira (1). Os compromissos priorizaram saudar a memória das pessoas que lutaram contra o regime e reforçar a importância da democracia.
Pela manhã, a parlamentar representou a Alepe na inauguração da Praça da Democracia em Abreu e Lima. O local é símbolo da luta por um Brasil democrático pois foi palco do primeiro ato público do país pelas Diretas Já, no início dos anos de 1980.
A ditadura militar representou um período de anulação dos direitos políticos e a interrupção da democracia desde que o Brasil adotou o presidencialismo em 1989. O período durou 21 anos e foi marcado pela censura à imprensa, aos artistas, tortura e morte aos opositores.
A trajetória de vida da deputada Dani Portela é atravessada pelos anos de chumbo. “Eu sou filha por adoção de um ex-preso político da ditadura militar brasileira. Meu pai Eribaldo Portela ficou desaparecido por quatro anos. Por essa e tantas outras histórias que foram escritas no nosso país que precisamos reconhecer a importância de um momento como esse. É lembrar do que não podemos esquecer. Para que nunca mais aconteça”, reforçou durante a inauguração.
No final da tarde, no auditório Sérgio Guerra, na Alepe, a deputada presidiu a reunião solene intitulada “Homenagem àqueles que lutaram contra o golpe militar de 1964”, proposição do deputado Waldemar Borges. Na ocasião, os parlamentares entregaram uma placa de honraria dedicada a Fernando Coelho (in memorian), primeiro presidente da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, representado pelo filho, Ricardo Coelho.
Em seu pronunciamento, Dani Portela destacou a relevância de trazer o golpe militar à memória considerando o cenário atual. “Estão evitando chamar de golpe. Querem tornar mais brando algo que nunca foi brando. A democracia que achávamos que estava consolidada continua sendo atacada como aconteceu nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. Isso nos mostra como esse tema não pode se limitar ao dia 31 de março, é algo que precisa ser discutido cotidianamente”.