Os desafios da política e os seis meses de Jorge, por Dani Portela

jul 22, 2024 | 0 Comentários

Escrito por Dani Portela em Julho de 2024

Começo a semana com essas imagens e texto. Queria ter escrito no dia que ele completou 6 meses, no último dia 12 de julho, queria ter escrito ontem e, novamente, não deu. O tempo passa inexorável por aqui.

Seis meses. O tempo que voa, repleto de surpresas e desafios.

Escrevo enquanto o pequeno tira um cochilo.

Ele chora todas as vezes que me vê. Quer ficar comigo o tempo todo e mamar inúmeras vezes, como se garantisse minha permanência com ele.

Não tem sido fácil. Não é para as mulheres que são mães em qualquer lugar, na política também.

Jorge tinha um pouco mais de um mês, quando me cobravam botar a pré-campanha na rua. Em pleno puerpério, tive que garantir uma movimentação política que se mostra muito acertada: nossas plenárias programáticas, debatendo o Recife que a gente sonha, que tem a nossa cara.
Em muitos momentos nesses meses, meu coração estava apertado, pois à noite Jorge chora sentindo minha falta. Seis meses de amamentação exclusiva, tirando leite todos os dias no carro, enquanto me desloco entre uma agenda e outra.

Para passar um dia na rua, preciso de quase um litro de leite em casa. Tudo sendo produzido, enquanto penso sobre nossa cidade. Quando retorno, muitas vezes tarde da noite, ele se consola ao me ver, se aninha e dormimos juntinhos, coladinhos numa cama de solteiro no quarto dele. Amamentar significa um momento que é só nosso e de mais ninguém.

São tantos os desafios, mas tudo fica pequeno quando ele abre um sorriso banguela ou quando arqueia uma sobrancelha só. Meu menino. Meu pequeno grande milagre.

Passei seis meses me desculpando por chegar atrasada e pedindo licença para sair mais cedo. Sempre correndo para garantir a próxima mamada.

A pré-campanha foi difícil e a campanha certamente será. Não cheguei até aqui sozinha, venho de passos que foram dados muito antes de mim. Nosso sonho é coletivo de construir uma cidade melhor, não apenas para meu pequeno Jorge, mas para todas as crianças e pessoas do Recife.
Por ele, pelas outras e por nós.

Vamos comigo, criá-lo na grande aldeia da vida.

Quanto a mim, me sinto preparada e fortalecida, ainda mais agora vestida e armada com as armas de Jorge, embalado para dormir com um amor que transborda de nós e alcança milhares.

Salve Jorge🌻